Ouvir rádio

Pausar rádio

Offline
MENU
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/210514/slider/b99d67793256cfbddec44e4649f86e9f.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/210514/slider/c347996ee91e763a0f420233f3dd48ff.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/210514/slider/9477c8e2e424ca111ea91332c39628c5.png
“Não podemos separar a fé da defesa da dignidade humana”, afirma Patriarca
D. Rui Valério critica novas formas de racismo e exclusão de minorias
Por João Naia
Publicado em 24/10/2025 15:34 • Atualizado 24/10/2025 15:35
Diocese
Foto - Diogo Paiva Brandão/Patriarcado de Lisboa

O Patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, alertou ontem para o crescimento de discursos que promovem a xenofobia e a discriminação de minorias em diferentes sociedades. A declaração foi feita durante a III Jornada do Bem-Estar, realizada pelo Centro Social Paroquial de Nossa Senhora da Luz, em A-dos-Cunhados.

Segundo o Patriarca, tem-se assistido ao ressurgimento de “ideologias racistas, nacionalismos excludentes e hostilidade contra minorias étnicas ou religiosas”. D. Rui Valério lamentou que estrangeiros, migrantes e refugiados sejam vistos frequentemente “como ameaça ou peso, e não com compaixão”.

A conferência, com o tema “A Dignidade da Pessoa Humana e a Responsabilidade das Instituições da Igreja”, recordou os apelos do Papa Francisco para a promoção de uma “cultura de encontro e diálogo”, defendendo que a integração dos mais vulneráveis deve ser prioridade.

“O serviço à dignidade humana passa por acolher, proteger, promover e integrar”, destacou o Patriarca, reforçando que o valor de cada pessoa “não depende de raça, condição social ou saúde”.

Durante o discurso, D. Rui Valério também chamou atenção para problemas atuais, como guerras, tráfico de pessoas e exploração de migrantes, situações que classificou como “feridas abertas da humanidade”.

“Não podemos separar a fé da defesa da dignidade humana. Cada vida tem um valor que nada pode apagar”, afirmou.

O Patriarca concluiu apelando à união entre instituições religiosas, sociedade civil e cidadãos para construir “uma aliança cultural” em defesa da dignidade humana. “Cada gesto conta. Tudo aquilo que fazemos em favor da dignidade humana ressoa na eternidade”, finalizou.

 

Comentários