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Leão XIV presidiu à canonização dos jovens Carlos Acutis e Pedro Jorge Frassati
Segundo o Papa, os novos santos “são um convite dirigido a todos nós – especialmente aos jovens – a não desperdiçar a vida, mas a orientá-la para o alto e a fazer dela uma obra-prima”
Por Inês Jorge Caetano
Publicado em 08/09/2025 01:51 • Atualizado 08/09/2025 02:30
Vaticano
Foto - Vatican Media

O Papa Leão XIV presidiu, ontem, dia 7 de setembro, à primeira cerimónia de canonização do seu pontificado, com a apresentação dos novos santos, Pedro Jorge Frassati (1901-1925) e Carlos Acutis (1991-2006). O Sumo Pontífice sublinhou a lógica «nova» de quem segue Jesus e que, como resultado, transforma a sua existência – “na medida em que nos despojamos de nós mesmos, das coisas e ideias às quais estamos apegados, para nos colocarmos à escuta da sua palavra”, referiu.

A Praça de São Pedro encheu-se de dezenas de milhares de pessoas, com faixas e bandeiras de vários países, que quiseram presenciar o momento histórico – o primeiro ato de canonização do Papa Leão XIV, e a cerimónia que elevou o adolescente Carlos Acutis e o jovem Pedro Jorge Frassati, ambos italianos, à santidade. Entre os presentes, estiveram os pais e irmãos de Carlos Acutis. A celebração contou ainda com as representações oficiais da Itália, Reino Unido, Polónia e Ordem de Malta.

Fazer da vida uma obra-prima

“Ambos, Pedro Jorge e Carlos, cultivaram o amor a Deus e aos irmãos através de meios simples, ao alcance de todos: a Santa Missa diária, a oração, especialmente a Adoração Eucarística”, frisou Leão XIV na homilia da celebração, na qual o Papa ainda caracterizou os percursos singulares de cada um dos novos santos.

“A Eucaristia é a minha autoestrada para o Céu”, dizia São Carlos Acutis. O adolescente, que morreu aos quinze anos, utilizou as tecnologias informáticas para documentar o seu percurso com Deus e a Igreja, e também para promover a oração do Rosário, tornando-se um dos primeiros influencers digitais católicos, e um precursor de como a tecnologia pode ser uma ferramenta poderosa para a evangelização.

Já São Pedro Jorge Frassati foi canonizado 100 anos depois da sua morte. Durante a sua breve vida, o jovem integrou vários grupos eclesiais e “comprometeu-se generosamente na sociedade, deu o seu contributo à vida política, dedicou-se com ardor ao serviço dos pobres”, detalhou o Papa Leão XIV.

Elevação à Santidade

A cerimónia de canonização é um ato reservado, desde o século XII, à Santa Sé, é a confirmação, por parte da Igreja Católica, de que alguém é digno de culto público universal e de ser dado aos fiéis como intercessor e modelo de santidade. Ao Papa compete inscrever o novo Santo no Álbum dos Santos. Durante a cerimónia, também os relicários dos dois novos santos foram colocados junto ao altar, com as respetivas relíquias.

“Em honra da Santíssima Trindade, para exaltação da fé católica e incremento da vida cristã, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e a nossa, após ter longamente refletido, invocado várias vezes o auxílio divino e escutado o parecer dos nossos irmãos no episcopado, declaramos e definimos como santos os beatos Pedro Jorge Frassati e Carlos Acutis, inscrevemo-los no Álbum dos Santos e estabelecemos que em toda a Igreja eles sejam devotamente honrados entre os Santos”, declarou o Papa Leão XIV, em latim, cumprindo a fórmula de canonização.

Ao saudar a multidão, e perante os milhares de jovens presentes, Leão XIV concluiu: “Todos vós, todos nós, somos chamados a ser santos. Que Deus vos abençoe”.

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