Esta será a primeira vez que quatro cardeais portugueses participam numa eleição pontifícia, elevando para 14 o número total dos que já desempenharam este papel desde o início do século XX.
A última eleição papal, em 2013, contou com dois cardeais portugueses entre os 115 eleitores que escolheram o Papa Francisco: D. José Policarpo, então Patriarca de Lisboa, e D. Manuel Monteiro de Castro, atual penitenciário-mor emérito.
Em 2005, outros dois portugueses marcaram presença: D. José Policarpo e D. José Saraiva Martins, então prefeito da Congregação para as Causas dos Santos.
Já em 1978, ano de dois conclaves, o cardeal-Patriarca de Lisboa D. António Ribeiro participou em ambas as votações, a primeira que elegeu João Paulo I e a segunda que levou João Paulo II ao papado. Em Agosto desse ano, foi acompanhado por D. Humberto Sousa Medeiros, arcebispo de Boston, nascido nos Açores.
O cardeal com mais participações no século XX foi D. Manuel Gonçalves Cerejeira, Patriarca de Lisboa entre 1929 e 1971, que esteve presente nas eleições de Pio XII (1939), João XXIII (1958) e Paulo VI (1963). Neste último Conclave, esteve também D. José da Costa Nunes, vice-Camerlengo da Santa Sé e antigo arcebispo de Goa e Damão.
A eleição de João XXIII, em 1958, contou ainda com a presença de D. Teodósio Clemente de Gouveia, arcebispo de Lourenço Marques (atual Maputo, Moçambique).
Nos conclaves de 1914 e 1922, D. António Mendes Bello, Patriarca de Lisboa, foi o representante português. Já em 1903, Portugal esteve representado por D. José Sebastião Neto, que voltaria a estar presente no Conclave de 1914, mesmo após ter resignado.
O último conclave sem participação portuguesa foi em 1846, devido à morte do Papa Gregório XVI antes da formalização do cardinalato de D. Guilherme Henriques de Carvalho.
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*com agências