Momento da apresentação do Relatório sobre Liberdade Religiosa, que decorreu no Centro Nacional de Cultura, em Lisboa (Foto - AIS)
Em Lisboa, foi apresentada a edição 2025 do Relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo, da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), que alerta para o “declínio preocupante” deste direito fundamental.
Durante a cerimónia, o analista político Nuno Rogeiro afirmou que “a matança em nome da religião e contra a religião continua em várias partes do mundo”, destacando a violência jihadista em África e o crescimento da intolerância religiosa nas sociedades ocidentais.
Catarina Martins de Bettencourt, diretora da AIS em Portugal, lançou a petição “A liberdade religiosa é um direito, não um privilégio”, apelando a governos e organizações internacionais para a protecção que garanta a todas as pessoas “a liberdade de pensamento, consciência e religião”.
Já o Patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, classificou as perseguições religiosas como “um escândalo em pleno século XXI”, defendendo o diálogo, a hospitalidade e o acolhimento das minorias religiosas.
O relatório da AIS, que analisa 196 países entre 2023 e 2024, indica que mais de metade da população mundial vive sob graves violações da liberdade religiosa, com dois terços da humanidade — cerca de 5,4 mil milhões de pessoas — em países sem plena liberdade de fé, afetando milhões de cristãos, muçulmanos e outras minorias. Entre os fatores principais estão o autoritarismo de regimes repressivos e o extremismo religioso, incluindo violência jihadista na Nigéria e em Cabo Delgado (Moçambique), onde milhares foram mortos ou deslocados, e o impacto desproporcional sobre mulheres e crianças, vítimas de raptos, conversões e casamentos forçados.
Reportagem de Inês Jorge Caetano
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