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Bispo emérito de Urgel apela, em Fátima, a acolher e integrar migrantes: “Não é opção política, é exigência evangélica”
Por Nuno Rosário Fernandes
Publicado em 13/08/2025 00:28 • Atualizado 13/08/2025 00:33
Sociedade

Na Vigília da Peregrinação dos Migrantes e Refugiados, no Santuário de Fátima, o bispo emérito de Urgel, em Andorra, D. Joan-Enric Vives  deixou um forte apelo à solidariedade e ao compromisso cristão com todos os que são forçados a deixar a sua terra

 

Perante milhares de peregrinos, e na presença do Presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, D. José Traquina, do reitor do Santuário Pe. Carlos Cabecinhas e dezenas de sacerdotes o prelado recordou que Maria, na sua aparição em 1917, “não fala de um trono ou de um pedestal, mas como uma mãe solidária com os mais pequenos, os inocentes e os marginalizados”.

 

Referindo-se à realidade atual, sublinhou que “o mundo ainda está ferido por guerras, divisões, fome e pela tragédia do êxodo de tantos irmãos e irmãs migrantes em busca de um lugar para viver com dignidade”, confiando-os à proteção de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.

 

O bispo lembrou que a própria Virgem Maria foi migrante, fugindo com José e Jesus para o Egito, e que essa história “repete-se hoje em milhões de famílias”. Criticou a “suspeita, rejeição ou indiferença” com que muitos migrantes são recebidos, defendendo que a resposta cristã deve ser “abrir portas, fronteiras e corações”, reconhecendo no migrante o rosto de Cristo.

 

“Acolher migrantes não é uma opção política; é uma exigência evangélica”, frisou, apontando a defesa dos direitos humanos, a dignidade de cada pessoa e a promoção da fraternidade como deveres inadiáveis.

 

Inspirando-se nas palavras do Papa Francisco, apresentou os “quatro verbos” como guia de ação: acolher, proteger, promover e integrar. Estes, disse, constituem “um verdadeiro programa pastoral, social, político e religioso”, que deve envolver comunidades, instituições e fiéis.

 

A concluir, o bispo emérito sublinhou que as migrações “não são um problema, mas um sinal dos tempos” e “uma oportunidade de renovação comunitária e de crescimento em humanidade”. 

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